Anamaco vê busca por qualificação dobrar em 4 anos

Até 2008, loja escola da associação recebia de 40 a 50 alunos por final de semana. Atualmente, com a participação do IBSTH, chegam a 120.

Até 2008, loja-escola da associação recebia de 40 a 50 alunos por final de semana. Atualmente, com a participação do IBSTH, chegam a 120  
Por: Altair Santos

A mão de obra que atua na construção civil tem se mostrado sedenta por qualificação. É o que se pode medir pela procura de cursos promovidos pela Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) e seus parceiros. Desde 2008, o número de interessados em aperfeiçoamento mais que duplicou. Só na loja-escola da Anamaco, em São Paulo, hoje são 120 alunos por final de semana. Há quatro anos, não passava de 50.

José Antonio Andreasi Fantin, do IBSTH: certificações priorizam alvenaria e setor elétrico

O impulso na capacitação da mão de obra se dá através do IBSTH (Instituto Brasileiro de Serviços e Tecnologia para o Habitat). Sua função é avaliar trabalhadores da construção civil, principalmente os que atuam de forma terceirizada. O instituto  começou concedendo a avaliação TopS (Top em Qualidade de Serviços) que era um credenciamento para os  profissionais ganharem mercado. Hoje, o TopS se transformou numa certificação, onde o foco é a alvenaria e o setor elétrico.
Segundo o presidente do IBSTH, José Antonio Andreasi Fantin, quando começaram a surgir os gargalos de mão de obra na construção civil, algumas empresas partiram para o improviso, o que foi um erro. “O mercado cresceu muito e a mão de obra não acompanhou. Com isso, diversas funções, como alvenaria básica, sistema de concretagem, vedação, impermeabilização, setor elétrico e assentamento de pisos, paredes e louças sanitárias, foram improvisadas. Isso desencadeou problemas”, revela.

Por isso, o instituto assumiu um papel de protagonista para suprir a demanda nos canteiros de obras. De acordo com José Antonio Andreasi Fantin, o IBSTH tem o objetivo central de evitar a semiqualificação. “Nossos treinamentos têm trazido resultados para as empresas terceirizadas que atuam na construção civil. A resposta dada a nós é que os atrasos na entrega das obras por falta de profissionais qualificados diminuiu sensivelmente”, atesta.

Os curso dos IBSTH, assim como o funcionamento da loja-escola da Anamaco, têm participação intensa das empresas que fabricam material de construção. “Elas assumem esses treinamentos, não só para propagar os seus próprios produtos, mas também para, principalmente, formar mão de obra que saiba trabalhar com seus produtos”, cita o presidente do instituto.

Loja escola da Anamaco: procura pelos cursos mais que duplicou em quatro anos

Outra função dos cursos oferecidos pelo IBSTH e a Anamaco é reforçar a segurança no trabalho. Estatísticas revelam que profissionais bem orientados reduzem em pelo menos 70% o risco de acidentes nos canteiros de obras. “Ter trabalhadores que saibam manusear produtos, operar equipamentos e usar corretamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Coletivo (EPC) é primordial para que haja poucos acidentes. Nossos cursos batem muito nesta tecla”, reforça José Antonio Andreasi Fantin.

 

 

 

 

Como participar dos cursos do IBSTH e da Anamaco

As matrículas podem ser realizadas pelo telefone (11) 3393-3407 ou pelos emails:
atendimentolojaescola@anamaco.com.br ou lojaescola@anamaco.com.br

Entrevistado
José Antonio Andreasi Fantin, presidente do Instituto Brasileiro de Serviços e Tecnologia para o Habitat
Currículo

– Graduado em economia pela PUC-SP, atualmente é consultor empresarial, conselheiro em governança Corporativa pelo IBGC, presidente do IBSTH e professor universitário para os cursos de MBA e MBC da Fundação Getúlio Vargas
Contato: fantin@ibsth.org.br / www.ibsth.org.br

Créditos foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


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