Construção civil profissionaliza e atrai investidores

Impulsionadas pelo cenário econômico do país, empresas passaram a despertar o interesse de fundos europeus e dos Estados Unidos.

Impulsionadas pelo cenário econômico do país, empresas passaram a despertar o interesse de fundos europeus e dos Estados Unidos

Por: Altair Santos

A Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC) projeta que em 2012 o setor irá receber mais de US$ 14 bilhões (R$ 24,5 bilhões) em investimento estrangeiro. Segundo analistas, o volume de recursos vem aumentando ano a ano, desde 2005. Além da retração econômica nos Estados Unidos e na Europa, o que fez o capital externo buscar alternativas, a profissionalização da construção civil do país também é responsável por atrair os investidores. “Muitas empresas do setor se organizaram para receber esses recursos”, explica Rodolpho da Costa Vasconcellos, conselheiro da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ).

"Quem estiver atrasado, seja em gestão, governança e recursos, vai sentir a competição cada vez maior”.

Outro especialista em investimento estrangeiro na construção civil, Arnaldo Gomes da Rocha, entende que houve melhoria de gestão e de governança das empresas, e que isso as preparou para receber capital externo. “Boa parte investiu em tecnologia, obteve grau de sofisticação de gestão e de governança e reestruturou a forma de buscar financiamentos para seus empreendimentos. Para essas empresas, a onda de atração de investimento tende a continuar. Já para as que não se prepararam, elas vão precisar acordar para esse novo momento”, diz o engenheiro civil e consultor da DealMaker.

De acordo com Rodolpho da Costa Vasconcellos, as empresas que têm conseguido atrair investimento estrangeiro são as que profissionalizaram a gestão do canteiro de obras, incrementando novas tecnologias e qualificando a mão de obra. “A profissionalização da área técnica é decisiva para convencer os investidores”, afirma.  O conselheiro da Ademi-RJ destaca ainda que o cenário sinaliza que a entrada destes recursos será crescente. “Antes, o setor da construção civil passou muitas décadas num processo de stop and go, quer dizer, para e continua. Vinha investimento, acabava e começava um círculo recessivo. Agora, verifica-se estabilidade na injeção de recursos”, completa.

Sem distinção

Os especialistas avaliam que os investidores têm prospectado negócios em todo o país. “Este processo é generalizado. No Nordeste, há muito investimento. Até pela proximidade com os países europeus”, avalia Rodolpho da Costa Vasconcellos.  “Certamente os negócios atingem as outras regiões do país, mas claro que Rio e São Paulo atraem uma grande massa de investimentos. No entanto, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia são estados que também têm muitos atrativos para investidores estrangeiros”, cita Arnaldo Gomes da Rocha.

Recentemente, no Paraná, o Grupo Thá – um dos mais tradicionais do estado – vendeu seu controle acionário para o fundo de investimento norte-americano Equity international, cuja intenção é explorar também a prestação de serviços por meio do segmento de engenharia. Outra aquisição ocorrida há pouco tempo foi promovida pelo grupo investidor Paladin, também dos Estados Unidos, que comprou a construtora Inpar. Nos anos 1990, a empresa assinou prédios de altíssimo padrão em endereços exclusivos de São Paulo. “São recursos que capitalizam a empresa, incorporam, dão musculatura e ficam no país por um longo prazo”, comenta Rodolpho da Costa Vasconcellos,  mostrando que não se pode confundir esse tipo de dinheiro com capital especulativo.

O que muda, para o consumidor, a entrada de capital estrangeiro na construção civil brasileira:
– Mais oferta de imóveis
– Concorrência maior
– Redução de preços

Construção civil brasileira pode atrair até R$ 24 bilhões de investimento estrangeiro em 2012.

Entrevistados
Rodolpho da Costa Vasconcellos, conselheiro da Ademi-RJ e especialista em investimento estrangeiro no mercado imobiliário
Arnaldo Gomes da Rocha, consultor e sócio da DealMaker

Currículos

Rodolpho da Costa Vasconcellos é consultor da Capital Consult e conselheiro da Ademi-RJ
Arnaldo Gomes da Rocha é graduado em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Qualidade e Produtividade pelo ITCQ-USP
Liderou projetos em planejamento estratégico, reestruturação corporativa e desenvolvimento de negócios em áreas de  energia , TI, serviços e varejo
Atualmente é sócio da DealMaker, consultoria especializada em aquisições e fusões
Contatos: rodolpho@capitalconsult.com.br / arnaldo.rocha@dealmaker.com.br

Créditos foto: Divulgação

Jornalista responsável Altair Santos – MTB 2330


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