Simulador ajuda na capacitação de mão de obra para a construção civil

Treinamento funciona como um vídeo game, qualificando com mais segurança e rapidez operadores de máquinas usadas nos canteiros de obras.

Treinamento funciona como um vídeo game, qualificando com mais segurança e rapidez operadores de máquinas usadas nos canteiros de obras

Por: Altair Santos

Investindo na mecanização, a construção civil tem exigido profissionais cada vez mais capacitados. O setor, no entanto, muitas vezes enfrenta o dilema sobre como e onde qualificar os trabalhadores. Por questões de segurança, o canteiro de obras nem sempre é o local adequado para o treinamento. Por isso, simuladores passaram a ser a alternativa mais rápida e econômica para ensinar a operação de máquinas. Em média, operar um equipamento virtualmente pode economizar até 40% no tempo de aprendizado.

Simulador produzido pela Oniria Produtora de Softwares permite que treinamento ocorra sem oferecer risco ao trabalhador

A sofisticação dos programas de computação gráfica hoje permite que a capacitação seja feita como se o trabalhador estivesse atuando em um jogo de vídeo game. “É possível recriar todas as situações de operação de uma máquina usada na construção civil. E mais: diferentemente do que ocorre com uma máquina real, quando o treinamento torna-se individual, nos simuladores o instrutor pode capacitar um número maior de pessoas e demonstrar situações de risco em um ambiente idêntico ao da realidade”, explica Juliano Barbosa Alves, diretor administrativo e comercial da empresa Oniria, com sede em Londrina (PR), que se especializou em simuladores para a operação de máquinas.

A ideia de usar simuladores de treinamento na indústria pesada foi inspirada no que a aviação já faz há pelos menos duas décadas. “Hoje essa etapa (da simulação) é parte do processo que ajuda o usuário a entender o uso do equipamento que ele vai operar”, diz Juliano Barbosa Alves, citando que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e os investimentos da Petrobras para explorar a camada pré-sal fizeram aumentar a procura por simuladores de treinamento.

No Brasil, o uso desse tipo de treinamento ainda é pequeno, se comparado ao que já é feito em países como Estados Unidos, Alemanha e Japão. A Oniria é uma das poucas empresas nacionais que aplica essa tecnologia. “Desenvolvemos simuladores customizados, dentro das especificações da empresa e pesquisando as dificuldades e os desafios de cada uma, para poder apresentar um projeto adequado”, afirma o diretor administrativo e comercial.

Simuladores para treinamento de máquinas devem atender à seguinte legislação: Lei da Inovação (nº 10.973 de 02/12/2004), Lei do Bem (nº 11.196 de 21/11/2005) e Lei da Informática (nº 8.248, de 23 de outubro de 1991). As vantagens de usar esse tipo de equipamento são:

– Uma experiência interativa é até 70% mais eficiente do que um treinamento tradicional em um equipamento real
– A simulação não substitui a experiência real, mas pode entregar um aluno até 90% pronto para o treinamento em campo
– O uso da simulação minimiza o consumo de combustível, matéria prima, desgaste dos equipamentos e tempo de inatividade
– O uso da simulação maximiza a disponibilidade de sessões de treinamento, segurança, tempo do instrutor e a eficiência
– O ROI (Retorno do Investimento) de um simulador está ligado a uma economia em toda a escala do processo de construção civil.

Entrevistado
Juliano Barbosa Alves, diretor administrativo e comercial da empresa Oniria Produtora de Softwares

Currículo

– Mestre em administração pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e MBA executivo em gestão empresarial pelo ISAR/FGV
– Atualmente é diretor administrativo e comercial da empresa Oniria
– Tem 8 anos de experiência acadêmica como professor universitário e mais de 10 anos de experiência profissional na área de administração e ciências da computação, com ênfase em gestão de projetos, atuando principalmente nos seguintes temas: jogos de computador, sistemas de informação, empreendedorismo e internet
– Auxilia na coordenação e produção de diversos projetos do Finep e do CNPQ

Contato: juliano.alves@oniria.com.br

Créditos: Divulgação/Oniria

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


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