Industrialização permeou debates no Concrete Show
Megaevento sobre tecnologias envolvendo concreto ocorreu no começo de setembro de 2011, em São Paulo, e focou sistemas que deem competitividade e qualidade ao setor.
Megaevento sobre tecnologias envolvendo concreto ocorreu no começo de setembro de 2011, em São Paulo, e focou sistemas que deem competitividade e qualidade ao setor
Por: Altair Santos
Em sua 5ª edição, o Concrete Show apresentou números relevantes. A feira expandiu 342% em relação ao primeiro evento, realizado em 2007, e atraiu 500 expositores, além de um público estimado em mais de 28 mil visitantes. Durante três dias (de 31 de agosto a 2 de setembro de 2011) o maior encontro latino-americano da cadeia produtiva do concreto gerou negócios que ultrapassaram R$ 750 milhões. Paralelo ao Concrete Show também ocorreu o Concrete Congress, cujos debates convergiram para a necessidade de a construção civil brasileira industrializar-se.
Tendo a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e a Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Concretagem (ABESC) como âncoras, o Concrete Congress teve 17 seminários e 150 palestras proferidas – todas elas permeadas pela industrialização da construção civil. “A industrialização embasou todos os debates, assim como a competitividade e a qualidade de materiais aplicados nos sistemas industrializados”, resumiu Hugo Rodrigues, gerente nacional de comunicação da ABCP.
A opinião coincide com a do presidente da ABESC, Arcindo Vaquero y Mayor. “A construção civil não tem outra alternativa senão buscar a racionalização e a industrialização. Não tem como fazer com que a construção civil seja uma ação artesanal. Se a gente está buscando eficiência, produtividade e desempenho, não será com artesanato que será feito. Será feito com a industrialização do setor e a otimização dos recursos”, disse o dirigente.
Com o seminário Habitação Econômica, a ABCP focou a industrialização na área residencial. No núcleo dos debates esteve o programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo Hugo Rodrigues, foi a oportunidade de mostrar que a tecnologia a base de cimento, combinada com a industrialização, pode ajudar o programa avançar. “A grande maioria dos sistemas a base de cimento utilizam alvenaria estrutural com blocos de concreto, placas cimentícias, paredes monolíticas de concreto ou paredes de concreto. A ideia do seminário foi mostrar que estes sistemas são racionais e industrializáveis e, por isso, mais ágeis”, comentou.
Já a ABESC procurou difundir as construções baseadas em paredes de concreto. “O país tem uma necessidade enorme de atender o déficit habitacional e esse modelo de construção é econômica, rápida e eficaz, além de oferecer bom desempenho termoacústico. No Concrete Show promovemos um seminário só sobre paredes de concreto, voltado para construtoras de médio porte”, explicou Arcindo Vaquero y Mayor. A ABESC também coordenou um estande sobre pavimentos rígidos em concretos drenantes e o uso de concreto em calçadas.
Entrevistados
Hugo Rodrigues, gerente nacional de comunicação da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)
Arcindo Vaquero y Mayor, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Concretagem (ABESC)
Currículos
Hugo da Costa Rodrigues Filho é graduado em engenharia civil, com mestrado em Materiais de Construção, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) (1977 e 1993)
– Concluiu MBA em Comunicação e Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) (2002)
– Atualmente integra comissões de institutos, como o de Comunicação e Produção de Cimento da Federação Interamericana del Cemento (FICEM). Também fez parte da coordenação executiva dos 4º, 5º, 6º e 7º seminários da Indústria da Construção e do Construbusiness da Comissão da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (DECONCIC/FIESP)
– Gerencia a área de Comunicação da ABCP
Arcindo Vaquero y Mayor é engenheiro civil formado na Universidade Mackenzie, em 1976
– Possui cursos de aperfeiçoamento nos Estados Unidos e na Suíça
– Consultor na área de tecnologia do concreto dosado em central e meio ambiente, desenvolvendo trabalhos para a ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem) e a FIPH (Federación Ibero Americana de Hormigón Premezclado); Leão Engenharia
– Responsável por mais de 15 milhões de m³ de concretos aplicados
Contatos: hugo.rodrigues@abcp.org.br / arcindo@abesc.org.br
Crédito Fotos: Divulgação/Concrete Show/ABCP/ABESC
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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