Mercado imobiliário vive círculo virtuoso

Presidente da Ademi-PR, Gustavo Selig, avalia que incentivo de agentes financeiros manterá setor tão aquecido em 2011 como nos anos anteriores.

Presidente da Ademi-PR, Gustavo Selig, avalia que incentivo de agentes financeiros manterá setor tão aquecido em 2011 como nos anos anteriores

Por: Altair Santos

A redescoberta do mercado imobiliário pelos bancos privados começa a criar no Brasil um círculo virtuoso, avalia Gustavo Selig, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR). Segundo o dirigente, o que mudou na linha de pensamento das instituições financeiras é o fato de que elas perceberam que o setor imobiliário não só movimenta vários setores da economia do país como permite fidelizar clientes por um longo período. “Nos últimos anos, esses agentes viram a grande locomotiva que é o mercado imobiliário. Além disso, o setor possibilita a fidelização do cliente na instituição por até 30 anos. Desde então, o mercado imobiliário tornou-se o foco dos bancos, o que já era norma em outros países”, diz Selig.

Gustavo Selig: "Agentes financeiros descobriram a grande locomotiva que é o mercado imobiliário."

Essa mudança no perfil do investidor não deverá mudar em 2011, avalia Gustavo Selig. Segundo o presidente da Ademi-PR, o mercado imobiliário experimentará neste ano mais um período de crescimento. Ele usa a capital paranaense como exemplo. “Em Curitiba, é esperada uma valorização dos imóveis entre 16 e 18% ao ano, em média”, cita. Selig avalia também que, a partir de agora, o desafio das incorporadoras é achar o ponto de equilíbrio entre a oferta e a demanda. “O Brasil constrói menos que a demanda. Entretanto, esta demanda é crescente. Todo o ano há uma nova necessidade de unidades e, se a demanda anual não é satisfeita, ela se soma à nova, o que faz com que a conta não feche. É preciso achar o ponto de equilíbrio para não haver excessos”, diz.

A avaliação do presidente da Ademi-PR coincide com recente pesquisa da Associação de Investidores Estrangeiros em Mercado Imobiliário (Afire), que mostra que o Brasil é o país emergente preferido dos investidores imobiliários. Segundo o estudo, 40% dos entrevistados confirmam o otimismo em investir no mercado nacional. A pesquisa revelou ainda que para quase 25% dos investidores pesquisados, o Brasil está entre os países que oferece as melhores possibilidades de valorização dos investimentos imobiliários em 2011. Números de Curitiba, citados por Selig, confirmam a tendência. Em 2010, a cidade bateu o recorde na liberação de alvarás para construção de imóveis residenciais horizontais e verticais. A capital chegou a aproximadamente 35 mil unidades.

De acordo com o presidente da entidade, Gustavo Selig, o número é três vezes maior que a quantidade de alvarás, para o mesmo tipo de construção, liberados de 2005 a 2007, que totalizou 11.400. Em 2009, foram liberados alvarás de construção para 25.614 unidades residenciais. “O aquecimento do mercado, fortemente impactado por uma maior oferta de crédito, não apenas para o cliente, mas também para a produção, e a mudança no perfil dos empreendimentos, que hoje têm mais unidades, principalmente os inseridos no Minha Casa, Minha Vida, favoreceram este crescimento”, explica Selig. Ainda segundo o dirigente, o programa habitacional do governo seguirá como o propulsor do mercado imobiliário em todo o país.

O impacto deve ser ainda maior depois que o houve a elevação do teto para financiamento de imóveis com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que passou de R$ 130 mil para R$ 150 mil na capital paranaense. “Havia a necessidade de aumentar este valor, pois, com o crescimento e a valorização do mercado imobiliário, o teto anterior estava dificultando os lançamentos de produtos voltados ao segmento econômico”, comenta Selig, que sugere o aumento da fatia de renda atendida pelo Minha Casa, Minha Vida para alavancar o programa no Paraná. Atualmente, a renda familiar máxima para a liberação de financiamentos com recursos do FGTS é de R$ 4,9 mil para municípios com mais de 250 mil habitantes. “Se isso ocorrer, o círculo virtuoso do setor se fecha”, finaliza Selig.

Entrevistado
Gustavo Selig, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR)
Currículo

Engenheiro civil graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Gustavo Selig é o segundo presidente da Ademi-PR reeleito, em 30 anos de fundação da entidade. Mestre em Administração de Empresas e Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-PR), Selig é também diretor-presidente da Hestia Construções e Empreendimentos.
Contato: contato@memilia.com (assessoria de imprensa)

Crédito: Enéas Gomez/Ademi-PR

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


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