Obras rápidas: qual o melhor sistema construtivo?

Aliar produtividade e beleza é um dos grandes desafios da construção civil, principalmente, em empreendimentos com curto prazo de execução. Conheça as soluções e tendências do setor para estes casos.

Alvenaria estrutural pode ser um exemplo, mas os especialistas apontam os pré-moldados como uma solução eficiente

Por: Vanessa Bordin – Vogg Branded Content

O ritmo das construções no Brasil está bastante acelerado. É possível fazer uma obra rápida com alvenaria convencional desde que se tenham várias frentes de trabalho. Entre os sistemas apontados como boas soluções para os cronogramas apertados estão os sistemas pré-fabricados, seja porque se evita o desperdício de material na obra, seja porque facilita a execução de outros subsistemas presentes no edifício, agilizando a obra.

Um dos motivos para o crescimento do número de construções rápidas no país é o incentivo da iniciativa pública em programas habitacionais, como o Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. O projeto serve de exemplo porque envolve um número muito grande de residências – 1 milhão – a serem concluídas num prazo muito curto de tempo. Mas, a escolha correta do sistema construtivo e um bom planejamento são essenciais para a execução de obras rápidas.

Paulo Eduardo Fonseca de Campos

Para o professor e pesquisador da USP nessa área, doutor em arquitetura, Paulo Eduardo Fonseca de Campos, a arquitetura pode lançar mão de sistemas construtivos industrializados para fazer frente aos cronogramas apertados de entrega das obras. Para ele, isso depende, fundamentalmente, de aliar a solução industrializada a um bom planejamento, que determine com clareza as prioridades.

O uso de sistemas industrializados, além de uma maior rapidez e eficiência, deve-se pautar por uma arquitetura de qualidade, que nada tem a ver com a uniformidade e a monotonia. “Mas, o mais importante em obras rápidas é pensarmos na construção industrializada como um todo e os benefícios dela para a sociedade. A Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 são outros exemplos de circunstâncias únicas que nos fazem olhar com mais atenção para o cenário da construção civil no País”, avalia.

O professor defende que essas são grandes oportunidades para o setor da construção civil adquirir conhecimento e expertise a partir da utilização de novas tecnologias. “É a chance de se desenvolver soluções industrializadas para infraestrutura e construções esportivas, mas que poderão se estender para a área de moradias também, na medida em que serão construídos edifícios para alojar atletas olímpicos, por exemplo”, acredita Campos.

Materiais

Segundo o pesquisador da USP há várias alternativas tecnológicas que podem atender às chamadas obras rápidas, tais como os pré-fabricados de concreto, cuja qualidade vem ganhando muito com o emprego de novos materiais, caso do concreto de alto desempenho e dos materiais compostos à base de cimento, como o GFRC-Glass Fiber Reinforced Concrete ou, simplesmente, concreto reforçado com fibra de vidro. “E hoje em dia também não podemos deixar de pensar, mesmo em obras rápidas, na sustentabilidade.

Por isso a importância de se utilizar os pré-fabricados de concreto, que garantem qualidade e desperdício praticamente “zero” de material”, ressalta Paulo Eduardo Fonseca.

O professor Paulo Eduardo destacou que na hora de optar por uma tecnologia é preciso, primeiro, estudar a forma mais apropriada de empregá-la na obra e isso implica, diretamente, no resultado final. “Cada tecnologia tem uma forma adequada de ser aplicada. Um bom projeto, normalmente, consegue aliar uma boa arquitetura a um projeto estrutural, igualmente, bem resolvido, empregando as tecnologias mais adequadas”, define.

No entanto, o doutor em arquitetura da USP, disse que o país está defasado em termos de construção industrializada para habitação, já que nos últimos vinte anos houve uma perda da excelência que o Brasil detinha na área, provocada pela falta de investimentos no setor. “Não havia programas de governo que incentivassem as empresas a produzir para esta área. Mas podemos correr contra o tempo perdido e investir ainda mais no setor”, revela Paulo Eduardo Fonseca.

Tendências

Além do concreto de alto desempenho, o uso do microconcreto de alto desempenho também pode se tornar uma tendência em obras rápidas no Brasil, assim como já vem ocorrendo com o concreto auto-adensável. “Com o concreto auto-adensável, por exemplo, podemos eliminar a vibração mecânica. Isso resulta em economia de tempo e redução nos investimentos iniciais para implantação de uma unidade de produção”, afirma o professor.

Quanto ao custo das tecnologias, especialistas mostraram, durante um seminário sobre Obras Rápidas, realizado em maio pela editora Pini, em São Paulo, que não há muitas diferenças. Os novos sistemas adotados em obras rápidas ainda estão em fase de consolidação e já têm custo competitivo em relação aos convencionais e as perspectivas são de melhoria quanto à eficiência dessas novas tecnologias.

“Os novos meios de produção, de acordo com o emprego dessas novas tecnologias em obras rápidas, são essenciais para o controle da qualidade, o que favorece o crescimento acelerado da construção industrializada no país”, conclui Paulo Eduardo Fonseca.

Entrevistado:
Paulo Eduardo Fonseca de Campos
– Arquiteto graduado pela PUC de Campinas (1981).
– Mestre em Engenharia Civil pela EPUSP (1989).
– Doutor em Arquitetura e Urbanismo pela FAUUSP (2002).
– É professor doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
– Ocupa, atualmente, o cargo de Coordenador Acadêmico do LAME-Laboratório de Modelos e Ensaios da FAUUSP.
– Sócio-diretor da PRECAST Desenvolvimento de Produto, empresa especializada no desenvolvimento de sistemas e componentes construtivos industrializados (1997-2007).
– Foi Diretor Técnico da ABCIC-Associação Brasileira da Construção Industrializada em Concreto (Biênio 2003-2004).
Email: pfonseca@usp.br

Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content



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Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

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Paulo Eduardo Fonseca de Campos

Para o professor e pesquisador da USP nessa área, doutor em arquitetura, Paulo Eduardo Fonseca de Campos, a arquitetura pode lançar mão de sistemas construtivos industrializados para fazer frente aos cronogramas apertados de entrega das obras. Para ele, isso depende, fundamentalmente, de aliar a solução industrializada a um bom planejamento, que determine com clareza as prioridades.

O uso de sistemas industrializados, além de uma maior rapidez e eficiência, deve-se pautar por uma arquitetura de qualidade, que nada tem a ver com a uniformidade e a monotonia. “Mas, o mais importante em obras rápidas é pensarmos na construção industrializada como um todo e os benefícios dela para a sociedade. A Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 são outros exemplos de circunstâncias únicas que nos fazem olhar com mais atenção para o cenário da construção civil no País”, avalia.

O professor defende que essas são grandes oportunidades para o setor da construção civil adquirir conhecimento e expertise a partir da utilização de novas tecnologias. “É a chance de se desenvolver soluções industrializadas para infraestrutura e construções esportivas, mas que poderão se estender para a área de moradias também, na medida em que serão construídos edifícios para alojar atletas olímpicos, por exemplo”, acredita Campos.

Materiais

Segundo o pesquisador da USP há várias alternativas tecnológicas que podem atender às chamadas obras rápidas, tais como os pré-fabricados de concreto, cuja qualidade vem ganhando muito com o emprego de novos materiais, caso do concreto de alto desempenho e dos materiais compostos à base de cimento, como o GFRC-Glass Fiber Reinforced Concrete ou, simplesmente, concreto reforçado com fibra de vidro. “E hoje em dia também não podemos deixar de pensar, mesmo em obras rápidas, na sustentabilidade.

Por isso a importância de se utilizar os pré-fabricados de concreto, que garantem qualidade e desperdício praticamente “zero” de material”, ressalta Paulo Eduardo Fonseca.

O professor Paulo Eduardo destacou que na hora de optar por uma tecnologia é preciso, primeiro, estudar a forma mais apropriada de empregá-la na obra e isso implica, diretamente, no resultado final. “Cada tecnologia tem uma forma adequada de ser aplicada. Um bom projeto, normalmente, consegue aliar uma boa arquitetura a um projeto estrutural, igualmente, bem resolvido, empregando as tecnologias mais adequadas”, define.

No entanto, o doutor em arquitetura da USP, disse que o país está defasado em termos de construção industrializada para habitação, já que nos últimos vinte anos houve uma perda da excelência que o Brasil detinha na área, provocada pela falta de investimentos no setor. “Não havia programas de governo que incentivassem as empresas a produzir para esta área. Mas podemos correr contra o tempo perdido e investir ainda mais no setor”, revela Paulo Eduardo Fonseca.

Tendências

Além do concreto de alto desempenho, o uso do microconcreto de alto desempenho também pode se tornar uma tendência em obras rápidas no Brasil, assim como já vem ocorrendo com o concreto auto-adensável. “Com o concreto auto-adensável, por exemplo, podemos eliminar a vibração mecânica. Isso resulta em economia de tempo e redução nos investimentos iniciais para implantação de uma unidade de produção”, afirma o professor.

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Paulo Eduardo Fonseca de Campos
– Arquiteto graduado pela PUC de Campinas (1981).
– Mestre em Engenharia Civil pela EPUSP (1989).
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