Tecnologia 3D permite construir casa em 24 horas
Obra foi projetada para suportar baixíssimas temperaturas. Por isso, utiliza várias tecnologias voltadas à obtenção de desempenho térmico
Obra foi projetada para suportar baixíssimas temperaturas. Por isso, utiliza várias tecnologias voltadas à obtenção de desempenho térmico
Por: Altair Santos

A tecnologia de impressão em 3D permitiu construir uma casa com paredes 100% de concreto, cuja estrutura foi projetada para ter vida útil de 175 anos. Com área útil de 40 m², a residência está em uma das regiões mais frias da Rússia, para que o desempenho de suas paredes seja testado ao máximo. O projeto é da Apis Cor, uma startup da construção civil localizada em São Francisco, nos Estados Unidos. O custo da estrutura em concreto não ultrapassou US$ 10 mil (cerca de R$ 33 mil), garante a empresa.
Os projetistas optaram por “imprimir” as paredes durante o inverno russo para testar componentes da impressora e as características da argamassa de cimento usada na construção das paredes. Concluíram que só é possível a impressão com temperaturas acima de 5 °C. Por isso, foi preciso cobrir o canteiro de obras com uma estufa para permitir que o maquinário operasse em temperatura ambiente de 15 °C. Segundo os engenheiros da Apis Cor, o próximo passo será desenvolver uma argamassa de cimento que possa ser usada em baixas temperaturas.

Depois da impressão, que durou 24 horas, uma equipe de sete operários atuou nas instalações de revestimentos, janelas, portas, telhado e acabamento da casa. O custo final chegou a US$ 45 mil (perto de R$ 150 mil). A casa tem um projeto arquitetônico que lembra o desenho de uma rosa-dos-ventos. Para imprimi-la, o equipamento foi projetado em formato de grua, a fim de que pudesse operar em um raio de 360°. O formato também ajudou na remoção da impressora, que foi retirada com um guincho, antes da instalação do telhado.
A cobertura da casa é plana e foi projetada com o propósito de testar a eficácia da estrutura para suportar grandes cargas de neve. Também não foram poupadas tecnologias para o acabamento interno da casa. No contrapiso, houve o uso de membranas de polímero, por causa do alto potencial de isolamento térmico. Sobre ele, um piso vinílico reforça a capacidade de resistência às baixas temperaturas.
Protótipo

A impressora 3D construiu paredes ocas para que elas pudessem ser preenchidas com poliuretano líquido. A tecnologia completa todos os vazios e ajuda a criar um microclima confortável na casa. No futuro, os projetistas avaliam que a evolução da impressora permitirá que esse preenchimento seja realizado simultaneamente com a construção das paredes. Por fim, foi usado reboco de alta aderência e permeabilidade, com o objetivo de evitar fungos e penetração de umidade.
Para revestir as paredes internas foi utilizado um tipo de argamassa composta por gesso, cimento branco e pó de mármore. O material potencializa o isolamento térmico do interior da casa. Além disso, houve a aplicação de uma tinta especial, resistente a severas condições meteorológicas. O mesmo critério foi usado na escolha das esquadrias e vidros das janelas. Os equipamentos têm painéis duplos para atingir altos níveis de isolamento e permeabilidade à luz, sem, porém, permitir a incidência de raios ultravioleta. Os idealizadores do projeto lembram que a casa é um protótipo, mas que, com os avanços tecnológicos, poderá ter condições de ser oferecida no mercado em um prazo máximo de cinco anos.
Veja como foi construída a casa:
Entrevistado
Apis Cor, startup norte-americana da construção civil (via assessoria de imprensa)
Contatos
press@apis-cor.com
www.apis-cor.com
Crédito Fotos: Apis Cor
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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