180 escolas do Paraná produzirão energia que consomem

Maringá, Paranavaí, Cianorte, Campo Mourão, Umuarama e Goioerê têm as maiores incidências solares no estado

Green Building Council Brasil, CREA-PR e governo do Paraná se unem por escolas sustentáveis Crédito: SEDU
Green Building Council Brasil, CREA-PR e governo do Paraná se unem por escolas sustentáveis
Crédito: SEDU

O Green Building Council Brasil e o Governo do Paraná assinaram convênio de readequação energética para 180 escolas de 6 municípios do estado. A meta é que os colégios gerem 100% de toda a energia consumida, através da conversão de energia solar em energia elétrica. A estruturação das parcerias entre todos os agentes envolvidos ficará a cargo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PR). Para definir as cidades contempladas serão usados dados do Atlas de Energia Solar do Paraná, que aponta que a maior incidência solar do estado acontece em seis municípios das regiões noroeste e central: Maringá, Paranavaí, Cianorte, Campo Mourão, Umuarama e Goioerê.

As escolas selecionadas servirão de protótipo para o programa batizado Zero Energy. Dependendo dos resultados no primeiro ano de implantação, o plano será estendido para as 4 mil escolas estaduais do Paraná, a fim de que elas se tornem autossuficientes em geração de energia, através do uso de painéis fotovoltaicos. Logo no primeiro ano de operação, a perspectiva é de que sejam economizados quase 9,5 milhões de reais em contas de luz. Para viabilizar a adequação dos colégios, a Agência de Fomento do Paraná abrirá uma linha de crédito de 30 milhões de reais. Esse dinheiro também será utilizado para que a Copel (Companhia Paranaense de Energia) implante o Programa de Eficiência Energética em cada uma das escolas escolhidas.

Califórnia, nos Estados Unidos, lidera em número de escolas autossuficientes em energia

A companhia de energia elétrica vai analisar as necessidades de cada unidade e modernizar as instalações elétricas, preparando-as para receber as placas fotovoltaicas. Além disso, haverá a troca por lâmpadas LED e adequações nos sistemas de ar-condicionado. Após o consumo mínimo ser alcançado, começa a implantação do programa Zero Energy. A expectativa é de que as 180 escolas selecionadas já iniciem o ano letivo de 2020 usando recursos da energia solar. O Green Building Council Brasil e as prefeituras também atuarão na adaptação dos prédios. Segundo o diretor-executivo do GBC Brasil, Felipe Faria, a experiência atende a um desafio da ONU de criar a certificação Zero Energy em escolas brasileiras.

O programa de geração de energia solar em escolas públicas do Paraná fará o estado se tornar a segunda região do mundo com mais edificações de ensino autossuficientes em energia. O primeiro lugar é ocupado pela Califórnia-EUA, que soma mais de 300 escolas com o mesmo perfil de projeto. Atualmente, o Brasil produz 2 mil MW de potência operacional via sistemas de geração centralizados na energia solar. A fonte alternativa ocupa a 7ª posição entre as matrizes energéticas brasileiras. De acordo com números do setor, o Paraná é o 6º estado que mais produz energia solar distribuída (energia gerada no local do consumo) no país, com 52,9 MW. “A posição do Paraná (latitude e longitude) possibilita uma insolação sempre em bons níveis. Esse é um diferencial que tem que ser aproveitado”, explica o coordenador da câmara de engenharia elétrica do CREA-PR, Edson Luiz Dalla Vecchia. 

Entrevistado
Green Building Council Brasil, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PR) e Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas do Paraná (via assessoria de imprensa)

Contatos
contato@gbcbrasil.org
comunicacao@crea-pr.org.br
sedu@sedu.pr.gov.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



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