Quem são os 10 mais influentes homens do concreto?
Lista de sumidades inclui engenheiros-calculistas, engenheiros de estruturas, arquitetos e membros do mundo acadêmico
Lista de sumidades inclui engenheiros-calculistas, engenheiros de estruturas, arquitetos e membros do mundo acadêmico
Por: Altair Santos
A revista digital norte-americana Concrete Construction listou os 10 profissionais que mais influenciam na produção e na qualidade do concreto, em todo o mundo. A relação engloba engenheiros-calculistas, engenheiros de estruturas, arquitetos e membros do mundo acadêmico. Critérios como experiência com o material, capacidade de inovação e poder de influenciar positivamente o uso do concreto foram decisivos para a elaboração do ranking.
A lista também procurou incluir apenas nomes de profissionais que estão em atividade, ou seja, que são importantes para o momento atual da indústria do concreto. A estratégia preservou nomes históricos, por dois motivos: não cometer injustiças e valorizar as conquistas tecnológicas agregadas ao material ao longo do século 21. Boa parte dos profissionais relacionados está vinculada às megaobras erguidas neste período. Veja a relação:
Peter Emmons
Como presidente do International Concrete Repair Institute (ICRI), Peter Emmos procurou compartilhar o máximo de informações possíveis sobre patologias do concreto com várias outras instituições continentais voltadas aos estudos sobre ataques ao material e as formas de repará-lo e restaurá-lo. Emmons avalia que a troca de conhecimento teve um auxílio importante da internet. “A web e o email criaram uma revolução na forma como trabalhamos, em termos de velocidade, eficiência e precisão”, disse.
Bill Baker
O engenheiro-projetista Bill Baker especializou-se em cálculos para edifícios superaltos e estudos sobre concretos de alta resistência. Os conceitos desenvolvidos por ele no final dos anos 1990, através do escritório Skidmore, Owings e Merrill, serviram de fundamentos para construir o Burj Khalifa – o maior arranha-céu do mundo, com 828 metros de altura e 160 andares. A construção começou em 2004 e a inauguração se deu em 2010.
Tadao Ando
O arquiteto autodidata Tadao Ando, 75 anos, é atualmente o que mais concebe projetos arquitetônicos em que o concreto é o principal elemento. Suas obras estão espalhadas nas principais economias do mundo. Adepto do concreto aparente, ele só aceita agregar vidro e aço em seus empreendimentos.
James Cagley
Arquiteto formado pela Iowa State University, James Cagley é membro-honorário do American Concrete Institute (ACI). Ele atuou ativamente na elaboração do Código ACI, nos anos 1950, e que criou várias diretrizes para a produção do concreto. Os requisitos estabelecidos pela ACI 318 inspiraram várias normas técnicas em outros países – incluindo o Brasil – e agregaram segurança e credibilidade às estruturas de concreto.
Jack Cooney
O engenheiro civil Jack Cooney foi pioneiro no uso de fôrmas metálicas em larga escala para a construção de estruturas de concreto em edifícios. Tudo começou em 1980. Dezessete anos depois, acrescentou outra inovação ao sistema: fôrmas metálicas com corte a laser 3D, o que deu mais precisão aos encaixes e à qualidade do concreto após a cura.
Kenneth Hover
Professor-doutor na Universidade de Cornell, e PhD em engenharia de estruturas, Kenneth Hover foi pioneiro no estudo de patologias em pontes e desenvolveu sistemas de monitoramento, transferindo seus conhecimentos para mais de duas gerações de engenheiros, não só nos Estados Unidos, mas em países europeus, latino americanos e na Austrália.
Ed Sauter
Como presidente do comitê ACI 332, Ed Sauter atuou na elaboração das primeiras normas técnicas para paredes e painéis de concreto pré-moldados para edifícios residenciais. Requisitos que hoje a Norma de Desempenho busca no Brasil, ele já trabalhava para que fossem executados nos anos 1980 nos Estados Unidos. Em 1986, ajudou a fundar a Tilt-Up Concrete Association (TCA). Quando deixou a presidência da TCA, em 2004, orgulhou-se de ter comandado 14 revisões no código de normas para paredes e painéis de concreto, as quais tiveram forte influência sobre normas técnicas de outros países.
Mike Schneider
Ao assumir a American Society of Concrete Contractors (ASCC) – Sociedade Americana de Contratantes de Concreto -, Mike Schneider trabalhou intensamente para que as concreteiras entregassem o material no canteiro de obras de acordo com as especificações do projeto. Ele também foi rigoroso com as empresas que atuavam ilegalmente no mercado norte-americano, disseminando boas práticas na produção, na entrega e na logística do concreto, desde a concreteira até o canteiro de obras.
Jim Shilstone
Aos 82 anos, Jim Shilstone trabalha na indústria do concreto desde a metade dos anos 1950. Sua especialidade é estudar estruturas com mais de 50 anos de vida útil. O conhecimento desenvolvido ajudou a definir parâmetros para preservar as obras antigas e estabeleceu critérios para a produção dos concretos projetados para alcançar até 100 anos de vida útil.
Eldon Tipping
No American Concrete Institute, Eldon Tipping atuou no comitê ACI 302, estabelecendo as primeiras diretrizes para pisos de concreto. Os trabalhos começaram em 1996 e foram finalizados em 2004. Atualmente, ele comanda o comitê 117 da ACI para redefinir as tolerâncias na produção do concreto. Na ACI, costumam dizer que os conceitos liderados por Eldon Tipping tornam-se “leis” para o concreto.
Entrevistado
Com base em reportagem da Concrete Construction
Contatos
questions@ascconline.org
info@tilt-up.org
techinq@concrete.org
cceditor@hanleywood.com
Crédito Foto: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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