Placas de concreto pré-fabricadas agilizam conclusão do Rodoanel
Trecho norte da megaobra utiliza 51 mil lajes em seus 44 quilômetros. Tecnologia atende demandas ambientais impostas ao projeto
Trecho norte da megaobra utiliza 51 mil lajes em seus 44 quilômetros. Tecnologia atende demandas ambientais impostas ao projeto
Por: Altair Santos
O emprego de tecnologias inovadoras já é uma marca registrada do Rodoanel – obra que envolve o entorno da cidade de São Paulo. Foi assim nos trechos sul, leste e oeste, e não é diferente na etapa norte. Prevista para ser inaugurada em 2017, está é considerada a fase mais desafiadora do megraempreendimento. Sua construção envolve restrições ambientais e, por isso, requer a execução de número significativo de obras de arte sem que haja a instalação de grandes canteiros no local. Uma das soluções foi produzir placas pré-fabricadas de concreto armado para compor os tabuleiros das pontes.
Por causa das limitações impostas por licenças ambientais, essa tecnologia está cada vez mais frequente em obras. Também conhecida como pré-lajes para tabuleiros, o sistema conquista projetistas por que otimiza processos. As placas são autoportantes e eliminam o serviço de cimbramento e de madeiramento. Também agilizam a armação e a concretagem, pois os operários podem se locomover sobre elas durante a execução. Além disso, as placas pré-fabricadas podem receber a concretagem complementar diretamente e, em seguida, a pavimentação.
No caso do trecho norte do Rodoanel, cuja extensão é de 44 quilômetros, a empresa M3SP Engenharia industrializou 51 mil peças de pré-lajes. O desafio foi imposto pela contratante – a DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S/A, empresa vinculada ao governo do Estado de São Paulo) -, que exigiu placas com geometrias específicas, o que levou à execução de formas especiais. Cada pré-laje foi confeccionada com 50 centímetros de largura, 7 centímetros de espessura e 2 metros de comprimento. Entre a fábrica e o local da obra, as peças percorreram 70 quilômetros.
Cimento CP V-ARI
Outra característica peculiar das pré-lajes diz respeito aos agregados que as compõem. Eles foram selecionados de acordo com elementos menos propensos a causar reações álcali-agregado e, consequentemente, proteger as placas de patologias do concreto. Para a fabricação das lajes usou-se cimento CP V-ARI. Segundo a M3SP, foram consumidos 43 mil m³ de concreto. “O cimento escolhido tem alta resistência inicial, ideal para a fabricação de elementos pré-moldados em concreto, que exigem rápido manuseio”, disse o corpo técnico da empresa, através de sua assessoria de comunicação.
Quanto à armação, as placas receberam aço positivo de tração incorporado às peças, com armações treliçadas para estabilizá-las. Também foram fixadas alças para facilitar o içamento através de gruas. “O sistema elimina etapas de escoramento e de armação de grande parte do aço positivo, pois todas essas fases estão incorporadas às pré-lajes. Isso eleva também o compromisso com a sustentabilidade, assumida pela obra, além de minimizar atrasos no cronograma e exigir menos mão de obra no canteiro”, complementa a M3SP.
Entrevistado
Corpo técnico da M3SP Engenharia (via assessoria de comunicação)
Contato: marketing@m3sp.com.br
Créditos Fotos: Edson Lopes Jr./DERSA e Divulgação/M3SP
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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