Museu do Amanhã assenta ciência sobre o concreto
Obra icônica em área revitalizada na cidade do Rio de Janeiro transforma-se em um dos símbolos dos jogos olímpicos de 2016
Obra icônica em área revitalizada na cidade do Rio de Janeiro transforma-se em um dos símbolos dos jogos olímpicos de 2016
Por: Altair Santos
Inaugurado dia 17 de dezembro de 2015, o Museu do Amanhã é a obra icônica de uma área revitalizada na cidade do Rio de Janeiro para os jogos olímpicos. Com seu acervo voltado para retratar a ciência, o museu está assentado sobre uma esplanada de concreto, defronte para a Baía da Guanabara. O projeto foi concebido pelo arquiteto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava. A construção envolve estruturas de aço, concreto, alvenaria convencional e até drywall. A modelagem contou com a tecnologia BIM e, como no Brasil não existem normas técnicas específicas para o tratamento acústico de museus, o empreendimento precisou usar a norma australiana AS 2107:2000. Na obra, foram empregados 22 mil m³ de concreto armado.
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Com certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), a edificação persegue conceitos de sustentabilidade até então inéditos no Brasil. A cobertura, com telhas aladas, não tem apenas função estética. Cada uma das 48 peças fabricadas em Portugal está conectada a um mecanismo que permite que elas se movimentem de acordo com o posicionamento do sol. Equipadas com 5.492 placas fotovoltaicas, as telhas de aço captam a luz solar para transformá-la em energia elétrica. Já o espelho d´agua que envolve o museu interage com o sistema de climatização do prédio. Ele capta a água da Baía da Guanabara, despolui uma parte – devolvendo-a ao mar – e armazena outra para usar na refrigeração do prédio. A economia estimada com esse processo é de 9,6 milhões de litros de água por ano.
Desafios para a engenharia
O presidente do consórcio Porto Novo, José Renato Ponte, o qual é responsável pela obra, relata alguns desafios encarados pela engenharia durante a execução do projeto: “O prédio é uma obra de arte. Portanto, exigiu soluções para problemas que apareceram durante a construção. Na fundação, por exemplo, imaginávamos usar mil estacas, mas foram necessárias 2.500 para suportar a cobertura metálica, que pesa 3.800 toneladas. Um edifício comum usa de noventa a cem quilos de aço por metro cúbico de concreto. Para construir o Museu do Amanhã utilizamos 250 quilos. Além disso, as paredes da edificação têm angulações específicas, o que nos levou a confeccionar formas especiais para a concretagem”.

Essas formas vieram com as tubulações para água, esgoto, ar-condicionado e eletricidade já acopladas a elas, o que permitiu executar a concretagem sem prejudicar os projetos elétricos e hidráulicos do edifício. “O museu é um bloco de concreto recoberto por estrutura metálica”, define José Renato Ponte. A construção do prédio envolveu 1.200 operários e custou R$ 215 milhões. Sua arquitetura, assim como a concepção da cobertura, foi inspirada em um tipo de bromélia, a Tillandsia cyanea, que Santiago Calatrava viu em uma de suas visitas ao Rio de Janeiro. O Museu do Amanhã, com suas exposições permanentes e itinerantes, instiga o visitante com cinco perguntas que dão sentido ao local: “De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos chegar lá?”.
Clique aqui para saber mais sobre o Museu do Amanhã.
Entrevistado
CDURP (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro) (via assessoria de imprensa)
Contato: cdurp@cdurp.com.br
Créditos fotos: Porto Maravilha/Beth Santos
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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