Sambódromo evitou o caos no carnaval do Rio
Obra toda construída em concreto completa 25 anos. Um espetáculo auto-sustentável
Obra toda construída em concreto completa 25 anos. Um espetáculo auto-sustentável
A obra que revolucionou o carnaval no Brasil está completando 25 anos. O Sambódromo do Rio de Janeiro, idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, não apenas transformou o desfile das escolas de samba, como tornou o evento um espetáculo auto-sustentável. Hoje, 200 países o veem pela televisão e são gerados 30 mil empregos fixos. Mas não é só isso. A construção de 700 metros de extensão e capacidade para 62 mil espectadores moldou-se ao longo deste quarto de século e virou também um exemplo de arquitetura sustentável. É o que defende a professora-adjunta da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Cascão Ferreira de Almeida. “O sambódromo impediu o Rio de tornar-se um caos no carnaval. Não só organizou o desfile, como poupou o trânsito da cidade. Sob esse aspecto, a obra é amplamente benéfica”, avalia.
Antes do sambódromo, o desfile de escolas de samba ocorria na rua, com arquibancadas improvisadas e sem organização. O primeiro desfile oficial aconteceu em 1935, na antiga Praça Onze, onde ficou por mais de 30 anos. No fim da década de 1960, o espetáculo transferiu-se para a avenida Presidente Vargas e, depois, foi para a Marquês de Sapucaí. No mesmo local, em 1984, o ex-governador Leonel Brizola, estimulado pelo seu secretário da Cultura, o antropólogo Darcy Ribeiro, e pelo arquiteto Oscar Niemeyer, aprovou a construção do sambódromo todo em concreto. A obra foi polêmica. “Primeiro foi a questão arquitetônica, que continua polêmica até hoje. Outra alegação é que ela iria encurralar o trânsito no centro da cidade. Hoje se vê que a opção foi perfeita, não só pela durabilidade como pela acústica e pela sua funcionalidade. Durante o ano funciona ali uma escola pública. Além disso, por ser cortado por ruas, o sambódromo acabou desafogando o trânsito”, avalia a pesquisadora da UFRJ, Maria Laura Cavalcanti, autora do livro Carnaval carioca: dos bastidores ao desfile.
Erguido em 120 dias, e inaugurado em 2 de março de 1984, o sambódromo tem como marco a Praça da Apoteose. Para a engenheira Maria Cascão Ferreira de Almeida, Niemeyer foi feliz ao criar uma estrutura arquitetônica no final do projeto. “Se ele tivesse investido sua capacidade criativa em toda a obra, o foco do desfile seria desviado. Mas não, a arquitetura é simples e o desfile e a arquibancada cheia de gente é que valorizam a obra”, afirma. Bem sucedido, o sambódromo inspirou outras obras semelhantes. Em São Paulo, Niemeyer projetou uma obra de 530 metros de comprimento e capacidade para 26 mil pessoas.
Nesta construção, ele corrigiu falhas apresentadas no sambódromo do Rio, como pontos cegos – por isso fez uma extensão mais curta -, e criou uma pista antiinundação, com um sistema de drenagem diferente.
Niemeyer recebeu convite para projetar outros sambódromos pelo país, como o de Brasília, que em 2005 foi suspenso. Também na capital federal, o centenário arquiteto teve de desistir de erguer a Praça da Soberania. Agora, ele quer se lançar em outros desafios. Em 2010, ele foi convidado pelo carnavalesco Joãosinho para criar carros alegóricos para a Beija-Flor. Uma de suas peças poderá homenagear o Sambódromo. A construção, polêmica ou não, é um marco arquitetônico no Brasil.
Jornalista responsável – Altair Santos MTB 2330 – Tempestade Comunicação.
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