Construção civil é campo fértil à Internet das Coisas
Materiais inteligentes, com capacidade de desempenho térmico e acústico, não estão distantes de se tornar realidade nas futuras habitações
Materiais inteligentes, com capacidade de desempenho térmico e acústico, não estão distantes de se tornar realidade nas futuras habitações
Por: Altair Santos
Até 2020, haverá mais máquinas conectadas à internet do que pessoas. As projeções indicam que serão cerca de 50 bilhões de objetos interligados. Na prática, significa que nada escapará da Internet das Coisas (IoT, sigla em inglês) incluindo a cadeia produtiva da construção civil. “Já começamos a viver isso. Aparelhos conectados a aplicativos de smartphones, que permitem abrir e fechar janelas, ligar chuveiros e destrancar portas já são realidade. Do que estamos falando de agora em diante é da capacidade dos materiais agregarem tecnologia. O vidro da janela será painel solar e cortina ao mesmo tempo. O piso irá autorregular a temperatura, dependendo da estação. É isso que a IoT irá agregar à construção civil”, prevê Hugo Fuks, diretor do departamento de informática da PUC-Rio.

Segundo o especialista, não há limites para a indústria de materiais quanto à capacidade de ela incorporar tecnologias relacionadas à Internet das Coisas. No entanto, ele avalia que o setor da construção civil precisa querer abrir as portas do futuro. “A construção civil tem que aprender com a indústria automobilística a embarcar a computação e a eletrônica em seus empreendimentos, desde a sua concepção. Como o carro, que já sai inteligente da fábrica, o projeto do prédio também tem que definir que ele terá estruturas inteligentes”, afirma Hugo Fuks, para quem o setor de energia elétrica, entre os sistemas que compõem uma edificação, é o que está mais avançado nesta busca. “Os Smart Grid, que integram de forma inteligente consumo e geração de energia, já são realidade nos Estados Unidos”, completa.
Do piso ao teto
Na prática, significa que a casa fará a gestão da energia, independentemente da predisposição de quem a estiver usando, de economizar ou não eletricidade. Aliás, a casa será também uma fonte de energia. Janelas inteligentes irão absorver a energia solar e armazená-la. O mesmo, estimam os pesquisadores, acontecerá com os pisos cimentícios, cerâmicos, em porcelanato ou madeira. “Eles terão a capacidade de, com a energia acumulada, regular o desempenho térmico”, avalia Hugo Fuks. Os mesmos materiais também poderão fazer a gestão do desempenho acústico. “Tudo que tem processador pode ter comportamento e, portanto, controlado pela Internet das Coisas”, define o diretor do departamento de informática da PUC-Rio.

Hugo Fuks alerta que, por enquanto, é preciso estar atento a falsas promessas de IoT. “Isto aconteceu com a Inteligência Artificial num primeiro momento. Hoje, carros que começam a andar sem motorista parecem mostrar que as promessas serão cumpridas”, comenta, revelando que, atualmente, existem muitos projetos ligados à construção civil em desenvolvimento em incubadoras pelo mundo afora, mas que eles ainda levarão algum tempo para chegar ao mercado. “Com o tempo, vários destes aplicativos (killer apps) irão evoluir para o sistema operacional das moradias, através da Internet das Coisas”, finaliza.
Entrevistado
Doutor em computação Hugo Fuks, diretor do departamento de informática da PUC-Rio
Contato: hugo@inf.puc-rio.br
Crédito Fotos: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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