Concreto consolida-se como pavimento urbano no Brasil

Disseminado pela ABCP, hoje não há uma metrópole do país que não tenha transporte público trafegando em corredores exclusivos de piso rígido

Disseminado pela ABCP, hoje não há uma metrópole do país que não tenha transporte público trafegando em corredores exclusivos de piso rígido

Por: Altair Santos

Em boa parte dos países desenvolvidos, o pavimento de concreto é usado para construir rodovias. No Brasil, o material consolida-se como pavimento urbano. Tornou-se a principal opção para corredores de ônibus em grande parte das capitais do país. Hoje não há uma metrópole que não tenha transporte público trafegando em corredores exclusivos de pavimento rígido. Trata-se de uma conquista da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) que há mais de uma década se empenha para disseminar a tecnologia, tanto em rodovias quanto em áreas urbanas.

BRT em Porto Alegre: ideia de corredores exclusivos se expande de norte a sul no país

Embora a obra mais relevante em pavimento rígido no Brasil seja a duplicação da BR-101 Nordeste, com mais de mil quilômetros em concreto, estima-se que a mesma quantidade de quilômetros já tenha sido construída nas capitais para o uso de BRTs (Bus Rapid Transit). Dentro do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) mais 500 quilômetros estão previstos para cidades do Norte e Nordeste do país. “O pavimento de concreto é a única solução para corredores exclusivos de ônibus, perimetrais urbanas e marginais”, define Hugo Rodrigues Filho, diretor de comunicação da ABCP.

Graças ao trabalho da Associação Brasileira de Cimento Portland, prefeituras e governos estaduais já estão convencidos de que o pavimento em concreto é mais sustentável e, portanto, um investimento com melhor custo-benefício para os cofres públicos. “Adota-se um modelo aqui no país que já é tradição no resto do mundo”, afirma Hugo Rodrigues. Um exemplo está em São Paulo, onde a prefeitura local irá expandir em 150 quilômetros os corredores de ônibus sobre piso rígido, até 2016. Atualmente, a capital paulista tem 11 frentes de trabalho atuando em obras de corredores para BRTs.

Belo Horizonte foi uma das capitais que mais investiu em BRT sobre pavimento rígido nesta década

Mais concreto em 2015

São Paulo segue o exemplo de cidades como Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e Curitiba, que há alguns anos já utilizam o pavimento urbano de concreto em grande escala e se tornaram modelo também para capitais como Porto Alegre e Florianópolis. Sem contar Recife, que tradicionalmente é conhecida como a “capital do pavimento de concreto”. Por isso, a ABCP se mostra otimista para 2015. “Apesar de toda crise política e econômica, a infraestrutura deve ser alavancada. A consciência da população quanto à necessidade de melhoria da mobilidade urbana também servirá de estímulo. Com isso, é positiva a expectativa quanto à construção de mais corredores exclusivos para BRTs, além de VLTs e metrôs”, avalia o diretor de comunicação da ABCP.

No entender da ABCP, a política de mobilidade urbana do governo federal também estimula o uso da tecnologia do pavimento rígido. “Basta apresentar um projeto economicamente consistente, e ecologicamente sustentável, típico dos pavimentos de concreto, que tem sido viável captar recursos para obras tão necessárias. Além disso, a evolução dos equipamentos e o aprendizado dos empreiteiros, graças aos treinamentos sistemáticos realizados pela ABCP, são igualmente importantes para o desenvolvimento da tecnologia, com base em modernas e comprovadas técnicas de projeto e de execução de obras”, completa Hugo Rodrigues.

Recife, conhecida como a capital do pavimento em concreto, também usa tecnologia em corredores de BRT
Curitiba foi pioneira na instalação de BRT e ajudou a propagar o pavimento rígido


Entrevistado

Engenheiro civil Hugo Rodrigues Filho, diretor de comunicação da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland)
Contato:
hugo.rodrigues@abcp.org.br

Crédito Fotos: Joel Vargas/PMPA/João Marcos Rosa/ME/Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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