Concretagem de Belo Monte terá pico entre 2014 e 2015
Até 2019, quando deverá estar concluída, maior obra civil em construção no Brasil vai consumir mais de 3,3 milhões de m³ de concreto
Até 2019, quando deverá estar concluída, maior obra civil em construção no Brasil vai consumir mais de 3,3 milhões de m³ de concreto
Por: Altair Santos
A previsão do consórcio Norte Energia, que reúne todas as empresas envolvidas na construção da usina hidrelétrica Belo Monte, é que a primeira turbina da UHE entre em operação em 1º de março de 2016. Por isso, a maior obra civil empreendida no Brasil na atualidade deverá alcançar seu pico na etapa de concretagem entre este ano e o ano que vem. O cálculo é que seja empregado um volume de concreto na ordem de 3.389.008 m³. Só a usina propriamente dita – chamada de Casa de Força Principal – consumirá 2.867.287 m³.
A etapa de concretagem começou em 2012 e fechou 2013 com pouco mais de 10% do volume total. Segundo o consórcio Norte Energia, a partir de 2014 o objetivo é de que, a cada mês, 100 mil m³ de concreto sejam lançados na obra. “Os primeiros cem mil metros (cúbicos de concreto) são sempre os mais difíceis. Uma vez vencida esta etapa, a intenção é manter a mesma marca, mensalmente, durante o pico da obra”, ressalta Antônio Kelson, diretor de construção da Norte Energia.
Dos 3.389.008 m³ de concreto a serem consumidos na obra, 835.330 m³ serão em Concreto Compacto com Rolo (CCR) e outros 2.553.678 m³ de Concreto Convencional Vibrado (CCV). O volume de concreto empregado em Belo Monte poderia ser ainda maior não fosse a característica do terreno onde ocorre a construção. A região do Rio Xingu que corta o estado do Pará é rica em migmatito, um granito considerado de alta resistência e impermeável. Assim, a estrutura que vai abrigar as 18 turbinas da Casa de Força Principal foi escavada diretamente na rocha.
Todos os 41.813.139 m³ do material tirado da escavação em rocha estão indo para a construção do canal de 20 quilômetros de extensão, com 200 metros de largura, que levará a água do reservatório de 130 km² em direção à usina Belo Monte. Com isso, estima-se que a economia com concreto, entre a construção do canal e a estrutura para assentar as turbinas, seja de 2,3 milhões de m³. Além disso, o cronograma da obra, segundo a engenharia do consórcio Norte Energia, será encurtado em 15 meses.
Quando estiver com a operação plena, em 2019, a terceira maior usina hidrelétrica do mundo – atrás apenas de Três Gargantas, na China (22.720 MW) e de Itaipu (14 mil MW) – terá capacidade instalada de 11.233 megawatts (MW). Porém, por causa do período de seca na região do rio Xingu, sua capacidade assegurada será de 4.571,1 MW. Para complementar essa produtividade, uma usina auxiliar, a 60 quilômetros rio acima, também está em construção. A hidrelétrica Pimental, que será a casa de força auxiliar, poderá produzir até 233 MW de energia.
A construção do complexo Belo Monte irá beneficiar 16 estados, além do Distrito Federal. São Paulo (29,22%) e Minas Gerais (14,56%) receberão o maior volume de fornecimento de energia. Até ficar totalmente pronta, a hidrelétrica deverá envolver recursos na ordem de R$ 32 bilhões – R$ 26 bilhões para a obra civil e outros R$ 6 bilhões em contrapartidas socioambientais. Superlativa em todos os seus números, a usina gera atualmente 18.800 postos de trabalho diretos. Desde o final de 2013, sua construção entrou no ritmo de 24 horas de produção.
Confira aqui mais detalhes sobre a construção de Belo Monte
Veja como será distribuída a energia produzida por Belo Monte:
http://blogbelomonte.com.br/2012/05/15/para-onde-vai-a-energia-de-belo-monte/
Entrevistado
Consórcio Norte Energia (via assessoria de imprensa)
Contato: atendimento@norteenergiasa.com.br
Créditos Fotos: Regina Santos/Norte Energia
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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