CBIC lança guia para manuais de manutenção

Material serve de orientação às construtoras e foi criado porque a Norma de Desempenho obriga o fornecimento de instruções sobre como preservar obras

Material serve de orientação às construtoras e foi criado porque a Norma de Desempenho obriga o fornecimento de instruções sobre como preservar obras

Por: Altair Santos

A Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575) acrescentou, entre tantas, uma outra obrigação aos construtores: a de fornecer um manual de manutenção aos usuários das edificações. Elaborar o documento, no entanto, requer o cumprimento de alguns requisitos. Como seguir o que determinam outras duas normas técnicas: a de Manutenção de Edificações (NBR 5674) e a de Elaboração de Manuais de Uso, Operação e Manutenção (NBR 14037).

Lílian Sarrouf, coordenadora da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat): manuais devem ser didáticos.

Para auxiliar as empresas a formular seus manuais, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lançou um guia com dicas e observações. “É preciso tomar alguns cuidados, como na maneira de apresentação, na forma de entrega, na observação às características de cada região e no tipo de empreendimento, de modo que as regras sejam claras e didáticas”, explica a engenheira civil e coordenadora técnica do Comitê de Meio Ambiente do Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (Comasp) e da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat), Lílian Sarrouf.

A publicação mostra os cuidados que se deve ter na elaboração da descrição, das garantias, dos cuidados de uso e manutenção em exatos 52 tipos de sistemas construtivos. Conforme Lílian, existem pelo menos outros 50 que ficaram de fora, mas os integrantes da comissão responsável pela elaboração do guia tentaram contemplar os tipos mais variados possíveis, de diferentes padrões, incluindo, entre eles, as moradias do Minha Casa Minha Vida. “O guia tem abrangência nacional e alinha conceituação, conduta e posicionamento das empresas no país”, diz Lílian.

Segundo a autora do manual, cada programa de manutenção é único e o construtor precisa conversar com seus fornecedores para estabelecer os prazos mais adequados. “Ao entregar os manuais, a construtora ressalta que a durabilidade de uma edificação está ligada não só ao projeto e à execução, mas também ao correto uso e manutenção, sobretudo a preventiva”, alerta Lílian Sarrouf, que fez apresentação do guia na 86ª edição do Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção), ocorrida em maio, em Goiânia-GO.

Apoio dos SindusCons

Mais do que uma descrição, o Guia Nacional para Elaboração do Manual de Uso, Operação e Manutenção de Edifícios pretende ser informativo e servir de fundamento não só para construtoras e incorporadoras, mas também para usuários comuns, em situações de reforma. Por isso, Lílian Sarrouf reforça a função de entidades, como os SindusCons, para replicar o material em cada Estado e torná-lo acessível ao público. O contexto atual, segundo ela, exige cada vez mais das empresas. “Se por um lado as construtoras estão inovando e construindo edifícios mais complexos, por outro, os clientes estão cada vez mais informados e por dentro das regras do setor”, destaca.

Clique aqui para saber mais sobre o Guia Nacional para Elaboração do Manual de Uso, Operação e Manutenção de Edifícios

Entrevistado
Engenheira civil Lílian Sarrouf, consultora em Sustentabilidade na Construção Civil e consultora em Gestão Empresarial, Qualidade e Meio Ambiente
Contato
kcilene@sindusconsp.com.br

Crédito Foto: Divulgação/ENIC

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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