Até o fim da década, BIM estará em todos os projetos

Reino Unido espera cumprir meta em 2016, seguido da União Europeia. No Brasil, governo de Santa Catarina e DNIT são os primeiros a tomar iniciativa

Reino Unido espera cumprir meta em 2016, seguido da União Europeia. No Brasil, governo de Santa Catarina e DNIT são os primeiros a tomar iniciativa

Por: Altair Santos

Os primeiros registros sobre conceitos de BIM (Building Information Modeling) surgiram em 1974 e são creditados ao professor Charles M. Eastman, do Instituto de Tecnologia da Geórgia – EUA. Mas foi o arquiteto e analista industrial americano Jerry Laiserin, em 2008, quem aplicou a tecnologia pela primeira vez em um projeto. Propagado em todo o mundo, o sistema, antes focado em projetos de edifícios, agora começa também a ser intensamente utilizado nas obras de infraestrutura.

Júlio Calsinski: modelos atuais de BIM permitem compartilhar informação on-line

A ponto de alguns países estarem definindo prazos para que o BIM seja a ferramenta obrigatória em projetos para obras públicas. “O Reino Unido estabeleceu em 2012 um prazo de quatro anos para que as construtoras adotem o sistema, ou seja, até 2016 o BIM estará em todos os projetos. A União Europeia está no mesmo caminho. Aqui no Brasil, Santa Catarina foi o primeiro estado a exigir que a tecnologia esteja presente em todas as licitações de obras públicas até 2018. Na esfera federal, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) está adotando resolução semelhante”, afirma Júlio Calsinski, da Nemetscheck, multinacional alemã que passou a desenvolver o BIM no Brasil.

Calsinski palestrou no seminário Projeto, Construção, Sistemas Construtivos e Manutenção de Obras de Infraestrutura viária e mobilidade urbana, promovido pelo Ibracon (Instituto Brasileiro do Concreto) em parceria com a Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada) durante a Brazil Road Expo 2014. “O uso do BIM em projetos de obras de infraestrutura é um caminho sem volta”, garante o especialista, explicando o porquê desta profusão do sistema. “O CAD não dá mais conta, pois o engenheiro calculista está recebendo modelos de arquitetura cada vez mais complexos e isso também exige projetos mais complexos”, completa.

Implantação nas empresas

Júlio Calsinski revelou em sua palestra que uma pesquisa realizada na Inglaterra mostrou que o BIM pode gerar economia de 20% a 25% no custo da obra. “Um projeto precisa evitar três riscos: a falta de informação, a informação errada e a informação conflitante. O BIM minimiza isso e, por isso, gera economia”, explica. O especialista faz um comparativo com a indústria automobilística: “Os modelos virtuais de projeto ajudaram a indústria automobilística a produzir carros em maior número, melhores e mais baratos. Se funciona lá, funcionará na construção civil.”

Calsinski alerta, porém, que as empresas precisam ter um bom planejamento para adotar o sistema. “A diretoria da companhia é decisiva para implantar o BIM. Não se pode terceirizar essa medida. Também é preciso definir a equipe que irá desenvolver o sistema, e é importante que, entre eles, estejam os melhores. Outra recomendação importante é que se dê tempo para essa equipe aprender o sistema”, revela. “Outra prioridade é que o projeto-piloto da empresa, aquele que será desenvolvido pela primeira vez através do BIM, tenha tempo de maturação. Não pode ser para ontem. A equipe precisa de tempo para trabalhar nele”, finaliza.

Entrevistado
Engenheiro calculista Júlio César Calsinski, managing director na Nemetschek do Brasil
Contato: j.calsinski@scia-online.com

Crédito Foto: Divulgação/Cia. de Cimento Itambé

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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